Projeto social apoiado pelo MP é inaugurado em Niquelândia

Foi inaugurado, em Niquelândia, no dia 31 de julho, o projeto social Essência do Cerrado, que foi aprovado pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente da comarca de Niquelândia, em meados de junho, por mobilização da promotora de Justiça Nádia Maria Saab.

O projeto tem por objetivo desenvolver a técnica de agrofloresta em terreno ocioso do Fórum da cidade, para que adolescentes em situação de risco ou jovens em conflito com a lei produzam alimentos, garantindo a sua soberania alimentar e gerando renda com a comercialização dos itens, o que, para a promotora, além de tudo, é uma importante ferramenta de ressocialização.

O Essência do Cerrado foi desenvolvido por técnicos do Instituto Educacional Tiradentes, que procuraram a promotora de Justiça em busca de seu apoio para que o CDCA conhecesse e aprovasse a proposta, no que foram prontamente atendidos.
O projeto tem a perspectiva de acolher 40 adolescentes de 14 a 17 anos, em situação de vulnerabilidade social, sendo que esses jovens, para ingresso no programa, deverão estar matriculados e frequentar a escola, ter o cartão de vacina atualizado e apresentar um comprovante de residência para, então, serem selecionados pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

Os alunos, conforme o cronograma apresentado pela entidade, serão divididos em quatro turmas de dez alunos, com atividades duas vezes por semana, nos períodos matutino e vespertino, incluindo cursos de formação, tais como agricultura sintrópica e orgânica, de feitio de caldas e repelentes naturais, reconhecimento de plantas companheiras e solos e outros da área agrícola.

Os valores arrecadados pelas vendas dos produtos serão revertidos aos adolescentes em partes iguais, sendo respeitados os critérios de frequência e comportamento dos jovens. Também será exigida para essa partilha a frequência integral do aluno nas atividades.
O projeto também será aberto à comunidade, possibilitando que os moradores de Niquelândia participem e interajam com os adolescentes inscritos, visando à criação de um espaço de formação e educação comunitária, num contexto de proteção social.